José Silvestre, diretor de entidade sindical, afirma que é chegada a hora de o governo ter um olhar sensível e humano com os trabalhadores de aplicativos no país.
O governo do presidente Lula criou recentemente um grupo de trabalho para discutir a regularização dos profissionais que trabalham para aplicativos no país, principalmente os de mobilidade. Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a pasta vem acompanhando com bastante cautela a angústia de trabalhadores e trabalhadoras dos apps que, muitas vezes, precisam trabalhar em média, de 14 a 16 horas por dia para poder levar o pão e o leite pra casa. Para Marinho, esse conceito de trabalho, beira ao análogo a escravidão. Presente em um encontro com as centrais sindicais, o presidente Lula afirmou que esse tipo de trabalhador não é empreendedor, em crítica ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia Paulo Guedes que comemoravam o aumento nos números do emprego. Segundo o presidente, o que cresceu no Brasil nos últimos anos foi o trabalho avulso, o trabalho por conta própria, o chamado bico. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o Dieese, estima que há cerca de dois milhões de trabalhadores por aplicativo sem regulamentação de profissão e proteção social atualmente no país.
José Silvestre, diretor adjunto da entidade sindical, lembra que na pandemia esses trabalhadores foram os responsáveis para que muitos brasileiros e brasileiras tivessem condição de fazer o isolamento social. Para Silvestre, é chegada a hora de o governo ter um olhar sensível e humano com esses trabalhadores. As plataformas né? Ou seja que se na verdade são os empregadores , não reconhece o vínculo empregatício . Então há necessidade de fato de ter essa essa legislação , tem também um outro dado dessa própria pesquisa do IPEC que aponta que mais de 90% dos trabalhadores tem nessa atividade de entregador a sua principal fonte de renda né? Então é muita gente que tá nesse segmento e que sem sem nenhum tipo de proteção. O grupo de trabalho que vai discutir propostas para a proteção social dos trabalhadores por aplicativo tem até o mês que vem para apresentar uma proposta sobre o assunto.
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