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Sindicatos alertam sobre déficit de policiais civis no Estado de São Paulo




De acordo com as entidades faltam mais de 16 mil policiais

A insegurança cresce no Estado de São Paulo com os vários casos de crimes diários de roubos, furtos, latrocínios, homicídios, sem solução. Segundo o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp), existe um quadro reduzido de funcionários de investigadores da polícia que possam realizar as investigações. A alta defasagem nos quadros da Polícia Civil impacta diretamente na investigação de crimes.

Faltam no estado de São Paulo 16.149 policiais civis, segundo o “Desafômetro” do Sindicato dos

Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp). O “Defasômetro” é um equipamento

eletrônico que atualiza em tempo real a defasagem dos policiais no estado. O Sindicato chama de perdas em recursos humanos.

Atualmente, dos 41.912 cargos previstos para a Polícia Civil, somente 25.763 estão ocupados, o que representa um déficit de 38,5%. Cinco anos atrás, quando a defasagem já era considerada elevada, o índice era de 27,2%, segundo alerta a presidente do Sindpesp, a delegada Jacqueline Valadares.

De acordo com Jacqueline, a Polícia Civil do Estado de São Paulo se depara, hoje, com um quadro assustador. São, afinal, 16 mil profissionais a menos, e isso traz reflexos diretos no serviço oferecido aos paulistas.

A alta defasagem impacta na investigação de crimes e no próprio policial civil, que trabalha

sobrecarregado, assim como afeta também a vida do cidadão, que não consegue se sentir seguro o suficiente para sair de casa, tendo a certeza de que retornará para a sua família com seus pertences e integridade intacta, destaca.

A carreira com mais cargos vagos, de acordo com o “Defasômetro”, é a de investigador (3.994), seguida da de escrivão (3.805). A função de agente policial (1.510) é a terceira com maior defasagem, quase empatando com as carreiras de delegado (958) e de agente de telecomunicações (953).

A pesquisa mostra ainda que 98 policiais se desligaram das funções em novembro, em sua maior parte, por aposentadorias ou exonerações. No período, e a exemplo do que ocorreu nos últimos anos, apesar da existência de candidatos aprovados em concursos para a Polícia Civil, não foram realizadas nomeações por parte do Estado para suprir a perda em recursos humanos.

Jacqueline diz que o cenário de abandono das forças de segurança nas últimas décadas mude com o novo governo paulista, se referindo à posse em 1º de janeiro do governador eleito para a gestão 2023/2026, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos).

O “Defasômetro” contabiliza cargos vagos na Polícia Civil desde o decreto de 2013, que reorganizou e concedeu novas denominações ao banco de cargos e às funções-atividades da administração direta e autárquica do Estado de São Paulo.

De acordo com o Sindicato da Polícia do Estado de São Paulo (SIPESP), o déficit de policiais civis, em especial de investigadores, afeta a resolução de crimes em todo o Estado.

O dado foi destacado da pesquisa do SIPESP “Polícia Ideal x Polícia Real”, documento que engloba informações divulgadas pelos principais órgãos e que mostra a dificuldade da categoria em diversos quesitos: déficit de policiais, salário, nível superior, saúde, resolução de crimes, falta de material de trabalho, entre outros.


A Central de Notícias da Rádio DALILA é uma iniciativa do Projeto Itamar Assunção e o bairro da Penha”. Este projeto foi realizado com o apoio da 6ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.

Os conteúdos ditos pelos entrevistados não refletem a opinião da emissora.


Reportagem: Márcia Brasil

Fonte: Sindicato da Polícia do Estado de São Paulo (SIPESP) / Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (SINDPESP).

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