top of page
Search

EM ABRIL, SE COMEMORA A CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O AUTISMO: RESPEITO E INFORMAÇÃO

Reportagem: Caroline Rossetto



No dia 02 de abril, comemora-se o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo. Essa data foi estabelecida pela ONU ( Organização das Nações Unidas) em 2007 para desmistificar e difundir informações a respeito para conscientizar a população, diminuindo o preconceito de pessoas que não são afetadas por quem é portador do Espectro Autista.


Os sintomas já aparecem na primeira infância e persistem na adolescência e até na vida adulta. Na maioria dos casos, o diagnóstico já ocorre nos primeiros 5 anos de vida e não tem cura.


Na maioria das vezes, o diagnóstico vem acompanhado de terapia comportamental e programas de treinamento junto ao pais ou responsáveis para ajudar a ter uma melhor qualidade de vida, com atitudes e medidas para que a vida do portador seja mais leve e inclusiva.


A Alina Moreira Bispo, acadêmica de Psicologia, acompanhante terapêutica e especialista do manejo de TDAH nos conta sobre a importância dessa data:


“ É importante falarmos sobre o Transtorno do Espectro Autista, porque traz visibilidade sobre esse assunto. Muitas crianças e adultos não foram diagnosticados por falta de informação e desconhecimento dos sistemas e da própria deficiência. Ter um dia sobre conscientização é importante porque podemos trazer uma luz e entendimento sobre isso e isso pode reduzir os impactos das deficiências e habilidade cognitivas. O Transtorno do Espectro Autista não tem cura , mas quando há intervenção e manejo precoce, conseguimos colocar o indivíduo em sociedade quase igualitárias com as crianças típicas, aquelas que não tem nenhum tipo de transtorno”, afirma.


De acordo com a ONU, o portador do Espectro Autista, são divididos em 3 grupos, de acordo com os sintomas, como desde ausência de contato interpessoal e de fala, movimentos repetitivos e deficiência mental são alguns dos sintomas mais graves. até uma autonomia maior, com domínio da linguagem e inteligência fora do normal.



A OMS ( Organização Mundial da Saúde) estima que existam 70 milhões de pessoas ao redor do mundo, que vivem dentro do Espectro Autista, sendo que 2 milhões delas estão no Brasil:


Alina também afirma que para acabar com o preconceito é a informação:


“Nós temos muito conteúdo na Internet disponível, literatura e com o Dia Mundial da Conscientização do Autismo temos diversos profissionais e órgãos, colocando às claras sobre os sintomas e o Autismo não é o fim do mundo e que não é uma sentença de vida para aquela criança. É um comprometimento cognitivo, sim, mas que manejado corretamente por profissionais capacitados, se consegue ter uma melhora muito grande na vida de um indivíduo. Então, a maneira de acabar com o preconceito é conhecer, ler, se informar e entender para ajudar e saber como lidar, mesmo quem não possui pessoas neurotípicas na família”, diz.


Nenhuma pessoa com autismo é igual a outra. Então, é extremamente importante ter um diagnóstico correto e precoce fornecido por profissionais especializados como: médicos, terapeutas, pedagogos, educadores físicos, fisioterapeutas e terapeutas educacionais. Há também os prejuízos do diagnóstico tardio:


“Temos um indivíduo com um sério problema em sua vida social, comportamentais e crises nervosas, pois as emoções não foram desenvolvidas da maneira correta. Uma das características é a sensibilidade hipersensorial ao toque, ao som, ao cheiro e à fala. Então, na vida adulta é altamente impactada em sua qualidade de vida”, completa.


O Sistema Municipal de Saúde tem várias redes de apoio à pessoa com o transtorno como a própria Rede Básica de Saúde, os Centros Especializados em Reabilitação, Centros de Apoio Psicossocial e os Centros de Convivência e Cooperativa.


A Central de Notícias da Rádio DALILA é uma iniciativa do Projeto "Semente Crioula" e a Cultura Popular da Zona Leste. Este projeto foi realizado com o apoio da 6ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.

Os conteúdos ditos pelos entrevistados não refletem a opinião da emissora.


bottom of page